A lentidão sonora dos teus beijos
Nos meus lábios de pergaminho
O teu sorriso pétalas ao vento
Voando no meu infinito como um passarinho,
A manhã sem acordar
E as minhas mãos poisadas no teu peito,
A manhã dormindo profundamente,
Ausente, sem jeito.
Os meus lábios em busca da tua mão
Que algures se perde no meu corpo cansado,
A manhã continua dormindo
E o sol… não há notícia de ter acordado…
A lentidão sonora dos teus beijos
Nos meus lábios de pergaminho
E da janela entreaberta nasce o silêncio
Acorda a manhã com soninho,
Começa a gatinhar por entre os teus seios
E na minha mão cresce uma begónia…
Meu deus… tanta luz que jorra dos teus olhos,
E eu, submerso na insónia.
Luís Fontinha
28 de Fevereiro de 2011