Chove, vejo chover,
Fico feliz, porque hoje vens,
Vais aparecer,
Vens ao meu encontro
Sem eu perceber,
Desconfiar,
Que hoje vens.
Vais aparecer,
E eu, posso sonhar!
Chove, vejo chover,
E eis que hoje, tu vens,
E da porta do infinito, vais entrar,
Devagarinho para não me acordar,
Deitas-te ao meu lado,
E eu deitado,
Tu, olhas a chuva da madrugada,
Brincas com as flores do meu jardim,
Gostam de ti,
E tu, hoje vens…
Vais entrar.
Hoje, sei que vens,
Hoje, com chuva ou sem chuva, vais aparecer,
Vou ver-te no meu pensamento,
Adormecer no vento,
E tu, hoje vens,
Vens ao meu encontro,
Sem eu perceber,
Hoje, vais aparecer,
Minha aparecida,
e… e, muito querida.
Luís Fontinha
Alijó