Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

19
Jun 19

Os teus olhos são o poema.

O poema escrito nos teus lábios de amêndoa,

Quando cai a madrugada,

E a geada,

Engorda,

Não aguenta,

O beijo feitiço,

Da tua boca envergonhada.

Os teus olhos são o poema.

O poema inventado numa noite de tristeza,

Fico triste eu,

Ficas triste tu…

Porque o luar,

Junto ao mar…

Deixou de nos pertencer.

Grito,

Escrevo,

Escrever,

Que quando te vejo,

Tremo,

Fujo,

Adormeço.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

19-06-2019

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:34

14
Jan 14

foto de: A&M ART and Photos

 

A mágica sílaba louca

da ardósia tua boca

desenhando

escrevendo

construindo palavras nas pálpebras do sono,

 

A mágica sílaba louca

correndo à fonte a água pouca

saltitando

sonhando

as madrugadas de veludo em seu tão distinto trono,

 

A mágica sílaba louca

como nunca ninguém a viu nas manhãs sem touca

humedecendo

comendo

os censurados cobertores do absorto mono...

 

A mágica sílaba louca

sabendo que terminaram todas as rimas do silêncio em poupa

a cabeça dançando

e os braços... e os braços abraçando

as insígnias maleitas do desejo nono.

 

 

@Francisco Luís Fontinha – Alijó

Terça-feira, 14 de Janeiro de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:45

15
Out 13

Se os olhos são a tua boca

e os teus lábios o leme dos meus beijos

se o orvalho é o cais do teu cabelo

quando nele atracam esferas de desejo...

suspensas sobre as sílabas das tuas coxas...

oiço a tua voz nas conversas de solidão

sobre um divã magoado pelo teu peso de vidro

se os teus olhos são a tua boca

deixa-me ser o teu marinheiro como se tu fosses um barco atracado no meu coração

é madrugada

tu percebes as tristezas dos elefantes quando o capim se transforma em chuva

miudinha

e as poças de lama chamam-te de amor

e tu

amas-las como amas as minhas tristes palavras...

 

 

(não revisto)

@Francisco Luís Fontinha

Terça-feira, 15 de Outubro de 2013

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:10

05
Jan 13

A todas as palavras frágeis

que desenhei na tua boca

quero-as de volta à minha mão deserta

morta

 

confusa porque o meu coração

sente o silêncio das rochas mergulhadas no mar

um peito arde e esfumaça-se na lareira da saudade

como todas as flores que viviam nos jardins da Babilónia

 

arderam morreram simplesmente subiram aos céus

e encontraram

morta

A todas as palavras frágeis

 

que desenhei na tua boca

a louca

porta

que se esconde nos teus abraços lilases

 

poucas

como as jangadas que se suicidam no lago da amoreira

troncos finos de árvores cansadas

tombam

 

incham

e em ais sobejam dos lábios em poesia

sentia que sinto ainda as palavras poucas

nas frágeis manhãs de Primavera.

 

(não revisto)

@Francisco Luís Fontinha

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:23

17
Jun 12

todas as coisas têm um nome

todos os nomes

coisas com rosas brancas nos lábios

 

todas as coisas

todos os nomes

com olhar transparente na boca

todas as rosas

e todos os loucos

 

todas as coisas têm um nome

e eu sou uma coisa

com uma rosa branca nos lábios

todas as rosas

e todas as coisas

são madrugadas sem acordar

 

Todas as coisas têm um nome

todos os nomes

coisas com rosas brancas nos lábios

todos os nomes e todas as coisas

dentro de ti

mulher infinita que habita no meu jardim...

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:54

27
Fev 12

Na tua boca

As palavras dos meus versos sem nome

Que o desejo consome

E o amor cintila dentro da escuridão da noite

 

Na tua boca

Os meus lábios em desespero ardente

Um verso com corpo de gente

E olhos de mar

 

Que voa sem parar

 

Na tua boca

As flores cansadas de voar

As gaivotas que deixaram de florir

Na cidade louca

Com ruas a abarrotar

E um rio a sorrir

 

Que voam sem parar

As palavras dos meus versos sem nome

Que o desejo consome

Antes de acordar

publicado por Francisco Luís Fontinha às 17:36

28
Mai 11

Dos beijos teus lábios

Suspensos na minha boca

Dos beijos teu corpo

Em mim coisa pouca,

 

Dos beijos teus lábios

A noite funde-se no cansaço

Poisam no meu peito

E dos teus braços o abraço,

 

A multidão que nos olha junto ao mar…

Dos beijos teus lábios embrulhados no luar

Dos beijos da minha boca

Com beijos eu te beijar.

 

 

Luís Fontinha

28 de Maio de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:22

28
Abr 11

Amor que se encosta à janela

Nos cortinados de renda púrpura

Os lábios da manhã à espera

Da minha boca em secura

 

Numa árvore o meu corpo pendurado

E nos meus ossos a brancura

Que do meu coração cansado

Despede-se a manhã com ternura.

 

 

Luís Fontinha

28 de Abril de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:53

22
Abr 11

Palavras que vêm com a chuva

E alicerçam-se nos teus lábios

São as palavras que eu escrevo

Quando pego na tua boca

 

E construo frases

Palavras que vêm com a chuva

Misturadas com as sílabas dos teus olhos

E a minha mão lhes dá vida

 

E correm junto à ribeira

À procura do mar

À procura do silêncio

Quando no pôr-do-sol a tua mão me acena

 

E nos teus lábios de palavras

O meu veleiro a navegar

Sem vento com vento

À procura do luar…

 

Na chuva das palavras

Palavras que vêm com a chuva

E alicerçam-se nos teus lábios…

Palavras para eu amar.

 

 

FLRF

22 de Abril de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:57

11
Abr 11

Não me interessa o silêncio dos pássaros

Que se penduram nos teus braços

Não me importa a primavera

Não quero saber da madrugada

 

Não me interessa a tua mão

Que poisa no meu rosto

Ou quando os teus lábios

Adormecem na minha boca

 

Não me interessa

Não me importa

Nada…

 

Não me interessa o silêncio dos pássaros

Que se penduram nos teus braços

E a maré se enrola no teu sorriso

Nem me interessam as tuas mãos

 

Quando fazes festinhas numa gaivota

Dentro do meu quarto

Deitada na minha cama…

Não me interessa o meu rosto emerso no espelho pendurado na parede

 

Não me interessa

Não me importa

Nada…

 

Não me interessa o teu corpo em meu desejo

Não me interessa e não me importo

Não me interessa a tua voz

Perdida num beijo

 

Porque o que me interessa

E me importa…

Não me interessa

Não me importa

Nada…

 

 

 

FLRF

11 de Abril de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:35

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