Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

26
Mar 11

Tenho em mim este corpo desencontrado

Fundeado no infinito da manhã

E acabo de acordar…

E pegar neste corpo amarrotado

 

Nas pregas da noite anterior

Tenho em mim estas mãos emagrecidas

No complemento dos braços esticados

À espera de abraçar

 

O mar que se perde junto ao portão

Do meu jardim sem malmequeres

No meu jardim outrora paraíso do meu coração

Quando em todas as manhãs um sorriso

 

Acordava na minha mão

Tenho em mim este corpo desencontrado

Filho da tempestade do passado

Do passado que me prende ao cais

 

E me impede de navegar

O mar já me pertenceu

E o vento a minha força

Hoje eu desencontrado

 

Encalhado nas estrelas do céu

E perco as palavras que a minha boca silenciou

Fundeado no infinito da manhã

Quando a tua voz me tocou.

 

 

Luís Fontinha

26 de Março de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 10:51

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