Quem sois vós para condenar
Um pobre inocente abandonado,
Que por heroína ter fumado
Não pode descansar.
Quereis julgar
Os filhos dos outros; É culpado!
Esqueceis vosso filho amado,
Também ele julgado por vozes a gritar…
É drogado! É drogado…
E no silêncio, tudo calado,
Uma mãe, lágrimas a chorar.
Quem mais se não ela para nos perdoar!
Também eu tenho mãe e por ela fui perdoado.
Sofreu e continuará a sofrer,
Porque na rua ao passar ouve dizer,
Teu filho foi drogado, drogado…
Luís Fontinha
Alijó