Sinto-me embriagado
Pelo silêncio da escuridão
Como se fosse o meu limite a eternidade;
Porquê ter medo ao escuro…! E a falta de luz é a saudade,
Não de alguém, mas de não ter tempo para ficar cansado.
Tenho tempo para me apaixonar,
Mas desconheço como conquistar um coração.
Resolvo equações complexas, mas tenho medo de caminhar,
E tudo parece tão simples, e tudo parece tão distante.
Sinto-me embriagado
Pela madrugada quando acorda com medo de acordar,
Mas sei que ela acorda e vai ao encontro do amanhecer.
Nunca tive medo de morrer
Mas tenho medo de acordar apaixonado,
Ficar sem nexo, estupidamente refém do meu pensamento
Como se fosse o mar.
Resolvo equações complexas, mas tenho medo do vento,
E tudo parece tão simples, e tudo parece tão distante.
Luís Fontinha
Alijó