Que faço eu neste espaço exíguo e sem janela
Longe do mar
Que faço eu nesta terra
Sem flores para amar
Dos meus braços em angústia
Adormecerem-me as mãos convexas
Pintam-se-me os olhos na madrugada
À espera da manhã primavera
Que faço eu sem janela
Neste quarto angustiado
Sem vista para o mar
Cansado do silêncio da maré…
Que faço eu neste espaço exíguo e sem janela
Longe do mar
Longe da terra
Distante do meu jardim de malmequeres.
FLRF
18 de Abril de 2011
Alijó