Uma nuvem sulfúrica poisa no teu silenciado sorriso,
Agacho-me sobre a terra prometida…
Mas não tenho jeito para a aprisionar na minha mão,
Minutos depois, palavras muitas, perco o juízo,
Pego na luz magoada que ficou em ti esquecida,
À porta de entrada do meu coração,
As aventuras na eira
Enquanto cai a noite sobre o espigueiro,
Livros perdidos dentro de um mealheiro…
Para serem vendidos na feira,
A casa é pobre, pequena… e aconchegante,
O quintal recheado de poemas envenenados pela charrua,
O meu corpo embebido em clorofórmio vomitando sinalização de rua…
Que o luar se torna brilhante,
E a lua,
É tua.
Francisco Luís Fontinha
Alijó, 16 de Junho de 2017