Inventava estórias para eu adormecer,
dizia-me que todas as estrelas tinham mãos, que todas as estrelas tinham... coração, amor, e... e paixão,
acordava cedo,
sussurrava-me palavras inaudíveis, palavras frágeis, palavras sem rosto,
nuas palavras em corpos vestidos de papel,
inventava estórias com sabor a chocolate,
e ouvia o som melódico da voz invisível,
tinha medo do mar,
e hoje, hoje... amo-o, amo-o como se ele pertencesse à minha vida,
corresse nas minhas tristes veias, nas minhas... tristes palavras,
e eu menino, acreditava nas suas estórias...
nas palavras de estórias que vagueavam sobre os telhados da cidade imaginária.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 6 de Março de 2014