Junto ao coração
Habita o cansaço da manhã a despertar,
E urge no silêncio da solidão
Um poema à procura do mar,
O pôr-do-sol deixou de brilhar
E nas nuvens sílabas em migalhas
Procuram acordar.
Junto ao coração
Sinto as lágrimas
Do amanhecer
E do meu corpo liberta-se a madrugada,
A ausência de mais sofrer.
Junto ao coração
O sol submergiu na noite sem me avisar,
Dorme, e não
Encontro a porta que me levará até ao mar.
Luís Fontinha
13 de Março de 2011