Minha poesia dos olhos negros,
Pássaro,
Avião,
Foguetão.
Minha flor endiabrada,
Perdida na cidade,
Amada.
Mulher poesia,
Canhão,
Espingarda…
Ela prometia.
Mulher poesia dos olhos negros,
Fantasma,
Madrugada,
Calçada.
Ajuda.
Ninguém me Ajuda…
Nesta embrulhada,
Da poesia,
Dos olhos negros.
Saio do mercado,
Não embriagado,
Mas feliz por estar vivo,
Beber uísque,
Namorar com a mesa,
Uma palette,
Desgraçada
Não amada.
Mulher, quem és tu?
De olhos negros, noite, felicidade…
Por escrever-te,
Por amar-te.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
28/04/2019