Das mandibulas da solidão
A flor exígua da vida jacente sobre o mármore curvilíneo
Caiem sorrisos das árvores enfeitadas de silêncio
E nas mãos de um homem sem destino
Crescem gotinhas de suor embalsamadas pela tempestade da noite
É no medo de adormecer
Que a flor exígua da vida morre
E grita
E desaparece entre as rodas dentadas de um orgasmo literário
E gira
E corre até se abraçar ao mar
Traveste-se de pássaro antes de acordar o dia
Abre todas as janelas que escondem o céu
E todas as portas começam a voar
Como se fosse sempre noite
Como se fosse sempre invisível