Quero desistir
Mas dentro de mim cresce o silêncio.
Quero desistir
Mas sou covarde,
E perco-me no oceano
A olhar as gaivotas.
Estou a zero vírgula zero um graus do chão
Mas ainda não caí,
Ainda me resta uma esperança
De aos poucos
Erguer-me dentro da neblina,
Conversar com as gaivotas
E olhar o pôr-do-sol.
Quero desistir
Mas dentro de mim cresce o silêncio,
E sinto-me sem forças…
Para desistir.
Continuar a caminhar.
Luís Fontinha
15 de Março de 2011