Eu acreditava
nas palavras de ti
sem perceber que em cada noite
desaparecia uma estrela no céu
hoje as palavras de ti
são fantasmas...
néons em magras sepulturas
que procuram a noite
nos caixotes de lixo da cidade
entre os parêntesis do entulho
e a vaidade
entre a saia bordalesa
e a vodka em beijos silenciosos aos cigarros proibidos
e deixei de acreditar nas palavras de ti
hoje as palavras de ti
são fantasmas...
imagens desfocadas
nas paredes da insónia.