Não alimentes a minha fome,
porque eu não quero comer,
não, não grites o meu nome...
… porque sem a tua mão sou capaz de viver,
Escrever,
e... e sonhar,
Não alimentes a minha fome,
não cerres toas as janelas do meu olhar,
não me peças para chorar,
não, não sei chorar...
(escrever,
e... e sonhar),
Não alimentes a minha fome,
não quero os teus lábios de ciclone,
vagueando no meu peito, sobrevoando os meus cabelos tristes,
não,
porque insistes?
que eu seja o que nunca quis ser,
não,
não quero comer,
não,
não quero correr...
apenas quero ser o mar,
com lençóis de amanhecer,
(escrever,
e... e sonhar),
Não, não me obrigues a voar!
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 10 de Julho de 2014