não sei quem és
porque me desejas
o que queres
aspiras
inspiras
deste meu corpo desajeitado
desassossegado
triste
abandonado
não sei quem és meu amor
não sei se és uma árvore
uma flor
não sei quem és
meu amor
quando o dia se alicerça nos teus lábios
os beijos
a boca semeada na seara distante
o infinito
longínquo
distante
de mim
de ti
meu amor
senti
sem ti
o infinito
desgosto
da madrugada ente soníferas equações
e seios desnudos
camuflados na espelunca cânfora manhã indivisa
o sono
a brisa
em ti
e de mim
um abraço…
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 8 de Novembro de 2015