Tudo se perde nas profundas nádegas da saudade,
Se amanhã acordarem lágrimas nos teus olhos,
Não, não hesites em pegar na minha mão,
Se amanhã nos teus braços saltitarem gaivotas,
Não, não tenhas medo,
Sou eu, eu...
Eu... vestido de árvore em pedaços de sombra sobre ti...
Se amanhã na janela dos teus sonhos não entrar o sofrimento diáfano da sinfonia madrugada...
Não, não sou eu...
São as pedras da calçada,
São os verbos cinzentos nos lábios da sonâmbula enciclopédia desgovernada que esconde o teu fino rosto de amêndoa...
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 23 de Janeiro de 2014